O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) determinou que pelo menos 50% da frota do transporte público de Maringá volte a circular em horários normais enquanto durar a greve dos motoristas e cobradores, iniciada na madrugada de quinta-feira (9). Em horários de pico, o percentual mínimo exigido é de 70% das linhas em operação.
A liminar, de efeito imediato, foi emitida pela desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão. Caso o Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) não cumpra a decisão, está prevista multa diária de R$ 50 mil.
Mais de 90 linhas do sistema público municipal e da região permanecem paralisadas, prejudicando milhares de usuários. O Sinttromar informou que ainda não foi oficialmente notificado da decisão até o momento.
Audiência de negociação
O TRT-PR convocou a TCCC, Cidade Verde e o sindicato para uma audiência de conciliação do dissídio coletivo, marcada para as 16h desta sexta-feira (11). Segundo as empresas, propostas foram apresentadas durante reuniões recentes, mas não houve acordo.
A última assembleia da categoria decidiu, por unanimidade, manter a paralisação após relatos de que não houve avanços ou apresentação de contrapropostas relevantes pelas empresas. Entre as demandas dos trabalhadores estão um plano de saúde adequado à categoria e mudanças no intervalo de descanso durante a jornada.
Impactos
Os reflexos da greve afetam diversos setores. O Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM) cancelou as refeições devido à dificuldade de locomoção dos servidores, impactando o atendimento no almoço e jantar.
Posicionamento da prefeitura
Em coletiva, o prefeito Silvio Barros (PP) afirmou que busca atender os trabalhadores na medida do possível, sem comprometer os interesses da população. Ele reiterou que decisões não serão tomadas sob pressão, pois é necessário equilibrar as necessidades de todos os envolvidos.
A situação segue sendo acompanhada de perto, com expectativa de desdobramentos após a audiência de conciliação.
