Homem usa acendedor de churrasqueira para atacar companheira em Maringá

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou José Rodrigo Bandura, de 39 anos, por tentativa de feminicídio após ele atear fogo em sua companheira, de 47 anos, utilizando um acendedor de churrasqueira em gel e um isqueiro. O crime ocorreu em 4 de junho no bairro Jardim Oriental, em Maringá, norte do Paraná, e foi registrado por câmeras de segurança.

A vítima teve 30% do corpo queimado, incluindo parte superior do rosto, cabeça e tórax, precisou de cirurgia e ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro de Tratamento para Queimados do Hospital Universitário de Londrina. Atualmente, permanece na enfermaria, sem previsão de alta.

Segundo a denúncia, o casal mantinha relacionamento há três anos, com convívio iniciado um mês antes do ataque. No dia do crime, após discussão, Bandura despejou o acendedor em gel sobre a vítima e ateou fogo. Ela tentou se proteger correndo em direção a um tanque, mas foi impedida e, mesmo assim, conseguiu se arrastar até uma piscina, escapando das chamas.

Bandura confessou o crime em audiência de custódia, alegando arrependimento e impulsividade. O advogado do acusado afirma que aguarda novas diligências e pretende pedir a revogação da prisão.

O Tribunal de Justiça do Paraná acatou a denúncia com as qualificadoras de uso de fogo e dificuldade de defesa da vítima. O homem permanece preso preventivamente na Cadeia Pública de Maringá.

Histórico de violência

José Bandura já possui outros registros de violência doméstica. Em dezembro de 2024, a mesma vítima denunciou uma agressão. Em 2019, o acusado já havia colocado fogo na casa de uma antiga companheira em Ivatuba, também no estado.

De acordo com os documentos policiais, Bandura possui antecedentes desde 2019, com pelo menos três registros de agressões. Durante o crime de 2019, ele chegou a se ferir com faca e posteriormente foi preso após atendimento médico.

Estado de saúde da vítima

A mulher atingida segue em recuperação e passou por procedimentos médicos intensivos. A Promotoria ressaltou que a vítima só sobreviveu devido ao atendimento rápido e à própria reação de buscar ajuda.

O caso reforça a importância da denúncia e combate à violência doméstica, principalmente para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Para mais informações e denúncias, procure a Delegacia da Mulher de sua cidade ou ligue para o 180.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *