Paraná aprova reajuste salarial para professores e gera críticas de sindicatos

Os deputados estaduais do Paraná aprovaram, em votação definitiva, o reajuste salarial para professores da rede estadual de ensino. Segundo a proposta, os professores que atuam 20 horas semanais terão acréscimo de R$ 250, enquanto os que cumprem 40 horas semanais receberão R$ 500 a mais. A medida agora aguarda sanção do governador Ratinho Junior (PSD).

A proposta aprovada prevê reajuste linear para toda a categoria, ou seja, o mesmo valor é incorpotado ao salário-base independentemente do nível ou da classe do professor. Com isso, checarão ao aumento cerca de 68 mil professores ativos e 40 mil inativos, além de pensionistas. O impacto anual nos cofres públicos gira em torno de R$ 456 milhões.

No entanto, o reajuste não contempla aposentados sem paridade, excluindo aproximadamente 11 mil profissionais que não têm direito ao mesmo reajuste dos servidores ativos. Apenas professores da ativa, inativos com paridade e pensionistas serão beneficiados, deixando de fora outros servidores das escolas.

Apesar de terem conseguido que o reajuste seja incorporado ao salário-base, refletindo na aposentadoria e outros benefícios, o APP-Sindicato criticou o formato de aplicação linear, apontando achatamento da tabela salarial e prejuízos para profissionais em final de carreira. Também foram registradas críticas quanto aos valores recebidos por professores que já possuem complementos salariais por decisão judicial, resultando em reajustes menores para esse grupo.

Parlamentares da oposição e o sindicato tentaram apresentar emendas para incluir aposentados sem paridade, mas a proposta foi rejeitada. O líder do governo, deputado Hussein Bakri (PSD), afirmou que o tema poderá ser debatido novamente no segundo semestre, enquanto o deputado Arilson Chiorato (PT) questionou a exclusão dos aposentados, especialmente diante do saldo disponível nos cofres públicos.

O debate segue mobilizando representantes da categoria, que consideram o reajuste uma conquista parcial e prometeram continuar lutando por melhores condições para todos os profissionais envolvidos.

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