Diversas cidades dos Estados Unidos registraram protestos em reação às deportações em massa promovidas pelo governo Trump. As manifestações, que começaram em Los Angeles, espalharam-se rapidamente para cidades como Washington D.C., Nova York, Oakland, Seattle, Chicago, São Francisco e Austin.
Os protestos são organizados por uma aliança de sindicatos e movimentos como o “50501”, que representam a resistência popular às políticas de imigração federais. Em Los Angeles, as ações do governo federal motivaram o envio de tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais, alarmando autoridades estaduais e municipais.
No Texas, o governador Greg Abbott anunciou o envio da Guarda Nacional para pontos estratégicos do estado, mas não especificou o número de agentes deslocados. Abbott justificou que as informações seriam mantidas em sigilo para garantir a eficácia das operações.
Manifestações no Texas
Protestos seguem crescendo em Austin, San Antonio e Dallas. Em Austin, confrontos entre manifestantes e policiais resultaram em 13 prisões e alguns feridos leves entre agentes de segurança. O protesto foi organizado pelo Partido para o Socialismo e a Libertação em solidariedade às manifestações de Los Angeles, exigindo o fim das deportações e a retirada de militares das cidades atingidas.
Já em Dallas, a presença policial foi reforçada e manifestantes marcharam com bandeiras mexicanas como forma de protesto.
Los Angeles: epicentro das manifestações
Em Los Angeles, onde os protestos começaram, um toque de recolher foi instaurado para tentar conter as mobilizações, mas centenas de manifestantes desafiaram a ordem e foram detidos. Ao todo, 203 pessoas foram presas por descumprir ordens de dispersão e outras 17 por violar o toque de recolher.
A prefeita Karen Bass, que participou das manifestações, criticou a ação federal e questionou as limitações do governo local frente ao avanço das forças nacionais. Outros prefeitos da região defenderam a importância dos imigrantes para a economia e denunciaram abordagens policiais em áreas públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais.
Episódios de prisões arbitrárias, inclusive de uma mulher grávida e de um idoso, reforçam o clima de tensão nas cidades. Os protestos seguem ativos e representam uma forte mobilização social contra as políticas de deportação intensificadas pelo governo Trump.