A Rússia reafirmou sua disposição para atuar como mediadora no conflito envolvendo Israel e Irã. Além disso, Moscou reiterou que sua proposta de armazenar urânio iraniano em território russo permanece válida. O Kremlin, por meio do porta-voz Dmitry Peskov, comentou que a medida buscaria diminuir tensões em torno do rápido avanço do programa nuclear iraniano, que tem gerado preocupações no Ocidente sobre uma possível intenção de desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.
Peskov ressaltou que a oferta russa de converter o urânio enriquecido do Irã em combustível para reatores civis não foi retirada, permanecendo relevante mesmo diante do agravamento recente da crise, impulsionado por ataques militares entre Israel e a República Islâmica. O porta-voz também destacou que as hostilidades dificultaram o avanço de resoluções pacíficas.
O Kremlin declarou que continua aberto a mediar um possível diálogo, caso seja solicitado, e enfatizou a necessidade de atacar as causas fundamentais do conflito para reduzir a tensão regional. Peskov observou, porém, que os confrontos militares elevaram substancialmente a gravidade da situação.
Comentando uma declaração recente do premiê israelense Benjamin Netanyahu, de que a mudança de regime no Irã poderia ocorrer em função dos ataques, Peskov respondeu que o Kremlin condena ações que alimentam a escalada do conflito e que nota uma maior coesão da sociedade iraniana diante dos recentes bombardeios.
