Presentes do Dia dos Namorados ficam até 33% mais caros em 2025

Com a aproximação do Dia dos Namorados, casais devem se preparar para um cenário de preços mais altos no momento da escolha dos presentes. Segundo pesquisa da FecomercioSP, os principais itens trocados na data ficaram, em média, 4,79% mais caros nos últimos 12 meses — mais do que o dobro dos 1,92% resultantes do mesmo levantamento em 2024.

O grupo de produtos mais impactado foi o das joias, com aumento de 33,66% em um ano, impulsionado principalmente pela valorização do ouro no mercado internacional. O avanço do ouro foi intensificado por incertezas econômicas globais, como políticas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos e flutuações cambiais. No Brasil, o preço do grama de ouro ultrapassou R$ 600, refletindo um aumento superior a 50% em 12 meses.

Outros itens populares também subiram de preço: perfumes registraram alta de 8,32% (ante 3,83% no ano passado), enquanto produtos para barba aumentaram 6,29%. Essa elevação é atribuída à variação do dólar frente ao real, já que muitos desses produtos são importados e sensíveis à oscilação cambial.

Apesar da alta, certos produtos desaceleraram, como livros (agora com alta de 5,47%, frente aos 12,81% em 2024), além de saias, tênis e calças femininas. De acordo com a FecomercioSP, a inflação desses itens ainda está abaixo da média brasileira de 5,4% no período, mas a cesta típica para a data está mais cara do que no ano anterior.

Como orientação, a federação recomenda pesquisar preços antecipadamente, já que promoções e diferenças de valores são comuns no varejo.

Varejo paulista projeta crescimento nas vendas

Apesar do aumento nos preços, o varejo paulista espera alta de 4,8% nas vendas em junho, impulsionado pelo Dia dos Namorados, sobretudo em segmentos como vestuário, acessórios, calçados, farmácias e eletroeletrônicos. Ainda assim, a expectativa é menor do que no Dia das Mães, quando o crescimento foi de 7,4%.

Segundo a FecomercioSP, fatores como inflação no setor de serviços e juros elevados limitam o poder de compra das famílias. Destaque para o segmento de vestuário, acessórios e calçados, que pode crescer 9,3%, atingindo receitas de quase R$ 10,3 bilhões no mês.

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