O Brasil completa hoje, 18 de junho, os 28 dias de quarentena sanitária impostos à carne de frango após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul. O período de restrição foi iniciado após a desinfecção total do local afetado, seguindo protocolo internacional de segurança sanitária.
Com o encerramento do prazo, o Ministério da Agricultura deve declarar o país livre da doença aviária e comunicar a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) até esta quinta-feira. Em seguida, o governo notificará oficialmente os demais países signatários, permitindo o processo de retorno das exportações.
Segundo Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango devem ser retomadas de forma gradual: Agora o Brasil, em alguns desses países, vai ter que negociar com eles, para que façam a abertura ou esperar que eles, voluntariamente, mandem uma correspondência ao Brasil, uma comunicação, dizendo que estão abertos para a normalidade da exportação, como sempre aconteceu, explicou Santin.
De acordo com a ABPA, a retomada das exportações não deve impactar significativamente os preços no mercado interno. No caso dos ovos, menos de 1% da produção é exportada, tornando o efeito mínimo. Para a carne de frango, 36% da produção brasileira é destinada ao exterior, enquanto 64% abastece o mercado nacional, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda.
O episódio em Montenegro, registrado em maio, foi o único caso confirmado em granja comercial no país, apesar de outros alertas terem sido monitorados desde então. Em resposta ao ocorrido, ao menos vinte países impuseram restrições à compra do produto brasileiro, medida que começa a ser revertida com o fim da quarentena sanitária e a restauração do status sanitário do Brasil.
