Israel bombardeia emissora estatal iraniana após evacuação em Teerã

Na manhã desta segunda-feira (16), Israel realizou um ataque aéreo que atingiu a sede da emissora estatal iraniana em Teerã, logo após emitir uma ordem de evacuação para moradores do Distrito 3 da capital. A ação interrompeu uma transmissão ao vivo, obrigando o apresentador a deixar o estúdio enquanto fumaça tomava conta do local.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), a região abriga infraestrutura militar do regime iraniano. “Nas próximas horas, o Exército israelense atuará nesta área… sua presença coloca sua vida em risco”, informou a IDF em comunicado público na rede X (antigo Twitter).

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel teria “assumido o controle dos céus de Teerã”, destacando um momento decisivo na campanha militar. O líder israelense reforçou que o objetivo é desmantelar o programa nuclear iraniano e limitar suas capacidades de mísseis balísticos.

Desde a última sexta-feira, ao menos 23 pessoas morreram em Israel, incluindo vítimas de um novo ataque iraniano nesta segunda-feira. Já no Irã, as autoridades contabilizam 224 civis mortos e 17 altos oficiais militares desde o início da nova escalada de ataques.

O bombardeio à TV estatal marca uma etapa inédita na estratégia israelense, focada em atingir estruturas de comunicação e propaganda do governo iraniano. No cenário internacional, líderes do G7, reunidos no Canadá, declararam que o conflito no Oriente Médio será tema prioritário nos debates.

Além da ofensiva militar, fontes internacionais relataram que o Irã sinalizou, via intermediários árabes, interesse em encerrar as hostilidades e retomar negociações sobre o programa nuclear, conforme apurou o Wall Street Journal. Uma das condições apontadas por Teerã seria a não participação dos Estados Unidos nas ofensivas.

Autoridades iranianas ainda afirmaram que, caso não haja abertura para o diálogo, poderão aumentar a tensão e intensificar o programa nuclear – ponto considerado inaceitável para Israel.

Fontes: BBC, New York Times, Wall Street Journal, Reuters

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