Bebê morre após ter atendimento negado em UBS no Paraná e caso é investigado

A morte de Aylla Eloá, uma bebê de um ano e três meses, gerou indignação em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná. Segundo relatos da família, Aylla passou mal com febre e teve o atendimento negado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após ser levada ao hospital municipal, sofreu convulsões e não resistiu, falecendo durante o atendimento médico.

A Polícia Civil do Paraná e a prefeitura do município abriram investigações para apurar as responsabilidades pelo ocorrido. O prefeito Juca Sloboda reconheceu falhas graves na conduta dos profissionais e anunciou mudanças nos protocolos de atendimento, incluindo a presença obrigatória de enfermeiros para acolhimento inicial nas UBSs.

A família contesta o laudo médico, que indica crise asmática e pneumonia como causas da morte. Eles afirmam que Aylla era uma criança saudável e nunca apresentou sintomas dessas doenças. Por isso, a defesa solicitou exumação e investigação detalhada sobre a real causa do óbito e as condições do procedimento de entubação realizado.

Denúncia de negligência e mudanças na saúde municipal

Quézia Vitória, irmã de Aylla, usou as redes sociais para denunciar que, além da recusa no atendimento, não houve sequer triagem ou medição de febre na UBS. No hospital, segundo ela, a bebê aguardou horas antes de tentarem a transferência, agravando seu quadro clínico.

O prefeito lamentou o ocorrido, pediu desculpas à família e à população, e garantiu transparência na sindicância administrativa aberta. Entre as primeiras medidas está a troca da coordenação das UBSs e o estabelecimento de um protocolo detalhado para garantir acolhimento imediato nas unidades.

Investigação em andamento

A Polícia Civil prioriza a apuração do caso. Funcionários da UBS já foram convocados a depor e o processo segue acompanhando de perto os detalhes do atendimento realizado. Paralelamente, a prefeitura reiterou seu compromisso na melhoria dos serviços municipais de saúde e na prevenção de novos episódios trágicos como este.

  • Inquérito aberto antes mesmo da família registrar boletim de ocorrência
  • Administração municipal convoca equipes de saúde para revisão de procedimentos
  • População cobra respostas e ações eficazes

O caso de Aylla reforça a importância da humanização e eficiência no atendimento à população, especialmente em situações de emergência com crianças.

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