Ataques russos deixam mortos e feridos em Kharkiv, Ucrânia

Na última quarta-feira, uma nova onda de ataques russos atingiu a cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, resultando na morte de duas pessoas e deixando pelo menos 60 feridos, entre eles nove crianças, conforme autoridades locais. Os ataques, realizados durante a madrugada, envolveram dezessete drones que atingiram diferentes distritos da cidade, conforme relatou o prefeito Igor Terekhov.

Segundo o prefeito, os bombardeios causaram incêndios em mais de 15 apartamentos de um edifício de cinco andares no distrito de Slobodski, além de danos a casas no distrito de Osnovianski. A polícia confirmou que as vítimas fatais eram um homem de 65 anos e uma mulher de 47 anos.

A ofensiva ocorreu após a rejeição, por parte da Rússia, de um pedido de cessar-fogo incondicional. Nas últimas semanas, Moscou vem intensificando a frequência e gravidade dos bombardeios à Ucrânia, enquanto o país atacado também passou a responder com ofensivas contra alvos em território russo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou apoio mais efetivo dos aliados ocidentais, destacando a necessidade de ações concretas por parte dos Estados Unidos e da Europa.

Região de Kharkiv e ataques recentes

Kharkiv, localizada a menos de 50 quilômetros da fronteira com a Rússia, vem sendo alvo de bombardeios noturnos frequentes. No último fim de semana, a cidade sofreu o que foi classificado pelo prefeito como “o ataque mais potente” desde o início da guerra.

Outros ataques e situação dos prisioneiros

Na terça-feira, ataques russos também atingiram o porto de Odessa, no sul da Ucrânia, causando danos a residências, edifícios e embarcações civis. Ainda assim, não houve registro de feridos nesta ação. Paralelamente, a Ucrânia ampliou o uso de drones para atingir bases e fábricas militares no território russo.

Enquanto isso, conversas recentes na Turquia acerca de um cessar-fogo não resultaram em avanços. Apesar disso, as partes concordaram com a libertação de prisioneiros considerados vulneráveis — jovens menores de 25 anos, doentes ou feridos —, porém sem informar números exatos.

Zelensky, contudo, declarou que as negociações seguem sem perspectiva, em especial devido à postura da atual delegação russa, que continua recusando o diálogo para um cessar-fogo abrangente.

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