Ucrânia ataca base aérea russa enquanto resiste a novo bombardeio de drones

No sábado, a Ucrânia informou ter lançado um ataque a uma base aérea russa em Borisoglebsk, na região de Voronezh, usada por caças como Su-34, Su-35S e Su-30SM. O exército ucraniano relatou que o ataque atingiu um depósito de bombas planadoras, uma aeronave de treino e possivelmente outros aviões. Até o momento, autoridades russas não comentaram o ocorrido.

Esses ataques ucranianos visam enfraquecer a capacidade militar russa e evidenciar a habilidade de atingir infraestruturas estratégicas. Em operações anteriores, a Ucrânia já havia reivindicado a destruição de mais de 40 aviões militares russos em ataques surpresa com drones, demonstrando seu alcance.

Durante a noite, a Rússia lançou 322 drones contra a Ucrânia, conforme a força aérea ucraniana. Dos aparelhos, 157 foram abatidos e 135 ficaram comprometidos, provavelmente devido a bloqueios eletrônicos. A região de Khmelnytsky foi a mais atacada, porém não houve registros de danos ou vítimas, segundo informações oficiais locais.

Situação em Kiev e diálogo diplomático

Os ataques aéreos russos têm se intensificado nas últimas semanas, marcando a maior ofensiva desde o início da guerra. Na sexta-feira, Kiev sofreu bombardeios que resultaram em dois mortos e 26 feridos, conforme confirmado pelas autoridades locais.

A escalada dos ataques ocorreu após uma conversa telefônica entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o ex-presidente americano Donald Trump, na qual trataram da possibilidade de reforço das defesas aéreas da Ucrânia e da produção conjunta de armamentos.

Com o envio de parte dos suprimentos militares americanos temporariamente suspenso e a Europa avaliando como suprir essa lacuna, Zelensky destacou que a Ucrânia trabalha no fortalecimento de sua indústria nacional de defesa, embora reconheça que os resultados desse esforço levarão tempo para serem sentidos.

Contra-ataque russo

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido 94 drones ucranianos durante a mesma noite e mais 12 pela manhã seguinte, enfatizando que não houve vítimas, segundo a agência Associated Press.

Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o conflito segue sem previsão de fim e já provocou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados.

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