Irã lança mais de 100 drones contra Israel após ataque israelense

Na manhã desta sexta-feira (13), o Irã desencadeou uma ofensiva com mais de 100 drones contra Israel, em resposta ao ataque realizado por Israel que resultou na morte de lideranças militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), todos os drones foram interceptados e não houve relatos de danos graves, embora o país tenha declarado estado de emergência diante da ameaça de novos ataques.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano confirmou a operação e classificou as ações de Israel como “atos de agressão”. O órgão também afirmou que o Irã está disposto a defender sua soberania com toda a força necessária. Além disso, Teerã responsabilizou os Estados Unidos pela escalada do conflito, destacando que o país americano, por ser o principal aliado israelense, também sofrerá consequências.

A resposta iraniana acontece após uma das maiores ofensivas militares de Israel contra o Irã, com o uso de cerca de 200 aeronaves e ataques a pelo menos 100 alvos estratégicos, incluindo instalações nucleares e centros militares. Entre as vítimas estariam líderes militares da Guarda Revolucionária Islâmica e destacados cientistas nucleares.

Punição severa prometida

Em pronunciamento oficial, o aiatolá Ali Khamenei declarou que Israel deve estar preparado para uma “punição severa”. O governo do Irã considerou o ataque às instalações nucleares de Natanz uma grave violação da soberania nacional e uma ameaça à estabilidade regional.

No cenário econômico, a escalada provocou alta no preço do petróleo, que chegou a saltar 13%, e provocou queda nas bolsas globais, refletindo o temor de um conflito de grandes proporções no Oriente Médio.

Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação israelense e advertiram o Irã a não realizar retaliações contra alvos americanos. O presidente Donald Trump reforçou seu posicionamento contrário à possibilidade de o Irã desenvolver armas nucleares. Israel, por sua vez, declarou que pode continuar com a operação militar, dependendo da próxima resposta iraniana.

A crise se intensifica a poucos dias da retomada das negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, agendada para o próximo domingo (16), em Omã.

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