Luka Krizanac, morador de Zurique, Suíça, perdeu as duas mãos e parte das pernas em 2008, devido a uma sepse grave, quando tinha apenas 12 anos. Após 16 anos de espera, ele passou por um transplante duplo de mãos na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, realizado pela equipe liderada pelos cirurgiões L. Scott Levin e Benjamin Chang.
O procedimento, considerado raro, exigiu mais de 10 horas de cirurgia e envolveu pelo menos 20 profissionais especializados. Esta foi a quinta operação deste tipo feita pelo time médico, marcando mais um avanço na medicina reconstrutiva.
A recuperação de Krizanac foi rápida. Três semanas após o transplante, ele já conseguia levantar os óculos e coçar o rosto com o dedo. Menos de uma semana depois, usou o celular pela primeira vez com suas novas mãos.
Em entrevista à Penn Medicine, Luka comentou sobre o impacto do procedimento em sua vida: “As pessoas geralmente subestimam tudo o que fazemos com as mãos, não só tarefas práticas, mas porque são essenciais para nossa autonomia e desenvolvimento pessoal.”
O processo completo de adaptação ainda pode levar anos, pois nervos e músculos precisam crescer novamente para restabelecer a sensibilidade e funcionalidade total das mãos transplantadas. Apesar disso, Luka relata que voltar a realizar pequenas tarefas cotidianas lhe devolveu a sensação de ser um “ser humano completo” e afirmou se impressionar por poder sentir novamente os dedos das mãos.