Índia ordena inspeção dos Boeing 787 após queda de avião da Air India

O órgão regulador da aviação da Índia determinou que todas as companhias aéreas do país façam inspeções detalhadas nos jatos Boeing 787, após o acidente com uma aeronave da Air India que resultou na morte de 279 pessoas nesta semana. A medida foi anunciada neste sábado pelo ministro da Aviação, Ram Mohan Naidu, enquanto as autoridades seguem investigando todas as possíveis causas da tragédia.

Já na sexta-feira anterior, o regulador havia exigido da Air India uma série de verificações adicionais de manutenção em seus modelos Boeing 787-8 e 787-9 equipados com motores GEnx, incluindo testes eletrônicos dos motores e averiguação dos sistemas relacionados ao combustível.

Segundo o ministro, a frota indiana possui 34 aeronaves desses modelos, e oito delas já passaram por inspeção. As demais devem ser analisadas com urgência. O ministro não detalhou se membros do governo acompanharão o processo.

O acidente ocorreu com um Boeing 787-8 Dreamliner que, segundos após decolar com 242 pessoas a bordo rumo ao Reino Unido, perdeu altitude e caiu sobre edificações, causando uma explosão e configurando o pior desastre aéreo global da última década.

Atualmente, a Air India opera 33 dessas aeronaves e a IndiGo conta com um avião do modelo. Em comunicado, a Air India afirmou estar na fase final das checagens ordenadas e alertou que procedimentos mais criteriosos podem provocar atrasos em voos de longa distância.

Apesar da inspeção emergencial, os jatos não foram impedidos de voar, mas autoridades do setor não descartam a possibilidade de aterramento futuro dos Boeing 787 na Índia, dependendo do andamento das investigações. Até o momento, apenas uma pessoa sobreviveu à tragédia.

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