Lula diz que guerra tarifária pode começar se Trump não recuar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil ainda não está envolvido em uma guerra tarifária com os Estados Unidos, mas não descartou que o impasse escale caso o presidente americano, Donald Trump, não reveja sua posição sobre as tarifas aplicadas ao Brasil.

Segundo Lula, “guerra tarifária vai começar quando eu der uma resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião”. O presidente criticou as condições impostas pelos americanos e rejeitou as alegações de Trump sobre o déficit comercial entre os dois países.

As declarações foram feitas em Santiago, no Chile, durante um encontro com líderes progressistas para debater a defesa da democracia. Lula destacou que o assunto não foi tema das reuniões, pois é considerado um problema interno, mas ressaltou a importância do diálogo entre os setores produtivos brasileiros e americanos para evitar prejuízos mútuos.

O governo dos Estados Unidos anunciou no início de julho a imposição de tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros, com vigência prevista para agosto. Enquanto isso, o Brasil segue negociando e também avalia possíveis medidas de retaliação, como a suspensão de patentes de medicamentos.

Lula demonstrou tranquilidade diante da crise e elogiou a atuação dos ministros responsáveis pela área de comércio exterior, defendendo que dois chefes de Estado precisam conversar e pensar nos interesses de seus respectivos países. Ele ainda reforçou que espera dialogar diretamente com Trump para buscar uma solução diplomática para o impasse.

Ao lado de líderes como Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e Pedro Sánchez (Espanha), Lula participou de discussões sobre os riscos que o extremismo representa para a democracia. Após o evento, o presidente brasileiro retornou a Brasília.

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